terça-feira, 24 de janeiro de 2017

IGREJA VAI BEATIFICAR NO JAPÃO O “SAMURAI DE CRISTO”

No próximo dia 7 de fevereiro, o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, presidirá em Osaka (Japão) a cerimônia de beatificação do mártir Justo Takayama Ukon, conhecido como o “Samurai de Cristo”, muito apreciado na Igreja Católica do país.
Em 22 de janeiro de 2016, Papa Francisco aprovou o decreto que reconhece o martírio do samurai do século XVI, que entrará na lista de católicos japoneses que preferiram morrer a renunciar a sua fé.
O caso do próximo beato é especial, pois entre os 42 santos e 393 beatos japoneses (todos mártires), ele foi um leigo e nobre que chegou aos altares porque escolheu deixar tudo para entregar a sua vida a Cristo e faleceu devido à debilidade física causada pelos maus tratos que sofreu durante a perseguição.
Takayama nasceu em 1552, três anos depois que o missionário jesuíta São Francisco Xavier introduziu o cristianismo no Japão. Um dos convertidos foi seu pai, que o batizou quando tinha 12 anos com o nome de Justo.
Os Takayama eram  membros da classe governante e possuíam várias propriedades e tinham direito a formar exércitos e contratar samurais.
Esta família se dedicou a ajudar nas atividades missionárias no Japão e era protetora dos cristãos e dos missionários jesuítas.
Em 1587, quando o samurai completou 35 anos, o Chanceler do Japão, Toyotomi Hideyoshi, começou uma perseguição contra os cristãos: expulsou os missionários e obrigou os católicos japoneses a abandonar a fé.
Enquanto muitos daimio optaram por renunciar o catolicismo, Takayama e seu pai optaram por abandonar as suas terras e os seus títulos para permanecer firmas na fé e viver pobres como Jesus Cristo. Muitas pessoas tentaram convencê-lo a renunciar o seu catolicismo. Entretanto, ele recusou e optou por viver como cristão até a morte.
Quando o imperador proibiu definitivamente o cristianismo, Takayama foi exilado com um grupo de 300 católicos japoneses para as Filipinas.
O próximo Beato faleceu em Manila um ano depois, debilitado por causa de perseguição.