O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou que "a sociedade está cansada de pagar o pato". "O governo tem um tamanho maior que deveria ter, gasta mais e mal, não tem eficiência, cheio de burocracia, engessamentos, não presta um bom serviço público e mesmo arrecadando falta dinheiro. Agora a questão da CPMF vai caminhar, a sociedade já disse não em 2007, e o governo insiste." O governo mandou ao Congresso no dia 22 de setembro uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um imposto nos moldes da CPMF. A medida faz parte do anúncio de R$ 64,9 bilhões para equilibrar as contas públicas em 2016. O imposto deve gerar uma receita de R$ 32 bilhões aos cofres federais.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a PEC estabelece uma alíquota de 0,2% sobre as movimentações financeiras. A cobrança deverá vigorar por até quatro anos, e os recursos arrecadados serão destinados à Previdência Social. Criada no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para financiar investimentos na saúde, a CPMF foi extinta pelo Congresso Nacional em 2007, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por afetar as transações bancárias, a CPMF foi chamada de "imposto do cheque" e é considerada "impopular" e "antipática" por tributaristas. Diferentemente dos impostos cobrados sobre os preços de produtos e serviços, essa cobrança aparece no extrato bancário do contribuinte. Caso seja aprovada no Congresso, ele só entrará em vigor em julho de 2016, segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para a Receita Federal, porém, a cobrança poderia ocorrer após 90 dias da eventual aprovação.
Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/10/contra-aumento-de-impostos-e-cpmf-fiesp-poe-pato-inflavel-na-esplanada.html