Indiciado pelo FBI, Ricardo Teixeira, ex-presidente da
CBF, teve seu nome citado em uma delação, de acordo com o jornal Estado de S.
Paulo. Segundo a publicação, o dirigente recebeu dinheiro por quase de uma
década.
Documentos oficiais do FBI obtidos pela publicação mostram que Teixeira recebeu o dinheiro em contas em Zurique, mesma cidade da sede da Fifa. O nome do delator não é publicado no documento e ele apenas é citado como "Cooperating Witness" (testemunha que está cooperando). De acordo com o jornal, ele seria ligado a uma empresa de marketing com sede na América do Sul e filial nos Estados Unidos.
Documentos oficiais do FBI obtidos pela publicação mostram que Teixeira recebeu o dinheiro em contas em Zurique, mesma cidade da sede da Fifa. O nome do delator não é publicado no documento e ele apenas é citado como "Cooperating Witness" (testemunha que está cooperando). De acordo com o jornal, ele seria ligado a uma empresa de marketing com sede na América do Sul e filial nos Estados Unidos.
As informações dos documentos indicam
que o pagamento foi superior a 20 milhões de francos suíços (R$ 80 milhões) em
contas em que ele era o único beneficiário. As propinas teriam vindo da ISL
entre 1992 e 2000.
O investimento feito pela empresa,
que quebrou em 2001, era pelo fato dos norte-americanos acreditarem que
Teixeira seria o "próximo presidente da Fifa".
De acordo com o delator, Teixeira
teria continuado a receber mais propinas depois de 2000 da parte da testemunha
e de outros. O banqueiro suíço Urs Meier, do UBS, também fazia parte do
esquema.
As contas de Ricardo Teixeira estavam
entre as enviadas pela Justiça Suíça para os Estados Unidos no fim de 2015. Os
americanos analisam as movimentações financeiras para uma possível incriminação
do dirigente.
Além das contas de Ricardo Teixeira, outras 50 foram repassadas para os EUA. A Suíça ainda bloqueou US$ 80 milhões (R$ 316 milhões) considerados suspeitos.
Além das contas de Ricardo Teixeira, outras 50 foram repassadas para os EUA. A Suíça ainda bloqueou US$ 80 milhões (R$ 316 milhões) considerados suspeitos.
O valor relacionado a Ricardo
Teixeira não tinha sido divulgado, mas o brasileiro já havia sido denunciado
pela Justiça dos Estados Unidos em dezembro passado. Além de seu nome, o Brasil
ainda teve o nome de Marco Polo Del Nero, presidente licenciado da CBF, citado
na denúncia americana. José Maria Marin, ex-presidente da
CBF, está em prisão domiciliar em Nova York depois de ter sido extraditado da
Suíça. Ele foi para a cadeia em maio, em Zurique, acusado de participar de
escândalos de direitos televisivos da Conmebol.
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2016/01/05/jornal-delator-revela-propina-recebida-por-ricardo-teixeira-na-suica.htm