sexta-feira, 29 de abril de 2011

Caixa de Pandora, a roubalheira sem fim no Distrito Federal



É nojento, repulsivo....e haja adjetivo para classificar o roubo do dinheiro de contribuinte no Governo do Distrito Federal.
Haja paciência, também, para acompanhar o que parece não ir a lugar algum: fim de investigação e punição dos culpados.
Agora mesmo, passou a Páscoa na cadeia uma figura estrambótica das entranhas da máfia desmascarada pela Polícia Federal em 2009.
Deborah Guerner, promotora de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal desde agosto de 1993.
Foi para o xilindró junto com o marido, empresário e lobista Jorge Guerner.
Essa mulher até já tirou a roupa diante de policiais - agora sabe-se - para tentar mostrar-se como doente mental.

Aliás, um dos motivos de sua prisão é a orientação que recebeu de um médico psiquiatra para simular que não está bem da cabeça, com o objetivo de levar uma gorda aposentadoria como promotora.
A dita-cuja, todos sabem, já teve um caso amoroso com o ex-vice-governador e empresário Paulo Octávio (ex-DEM), e tentou arrancar alguns milhões do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) para não mostrar exatamente o famoso vídeo de Durval Barbosa, o delator, entregando dinheiro vivo a Arruda.A história está fartamente noticiada e documentada.
O que abordo aqui é: por que essa história não se encerra?
Por que a investigação não tem fim?
Por que Durval Barbosa desfila por aí intimidando todos os outros ex ou atuais comparsas?
Aliás, a própria Deborah Guerner ameaça divulgar seus próprios vídeos.
Pelo menos ela cometeu erros nas ação supostamente criminosa, felizmente.
Muito do que há contra Deborah foi gravado por câmaras de sua mansão, inclusive as aulas do psiquiatra, que está também sendo  denunciado pelo Ministério Público.

O nome do doutor acusado é Luís Altenfelder Silva Filho. O crime seria de formação de quadrilha, fraude processual e falsidade ideológica por ter treinado a promotora Deborah Guerner a simular desequilíbrio mental em um teste de sanidade mental.
Leitor, a Operação Caixa de Pandora veio a público em 27 de novembro de 2009.
Um governador, Arruda, ficou dois meses na cadeia. Mais seis figuras que orbitavam em torno dele também ficaram igual tempo atrás das grades.
Agora, ninguém sabe como andam as investigações.

As evidências são de que podem ser verdadeiras as análises de quem observa a bandalheira aqui no Distrito Federal: uma quadrilha muito bem articulada tomou de assalto os cofres públicos da capital do país, envolvendo gente do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
Enquanto não se sabe a quantas anda a investigação, Brasília virou um Caixa de Pandora de boatos também.
É fulano que estaria num vídeo de Durval Barbosa. É sicrano que estaria noutro.É o atual governador Agnelo Queiroz (PT), que estaria também.
Só há uma saída: investigação rápida, transparente e isenta.

Como haver isenção se há figurões  bem posicionados suspeitos de envolvimento com a quadrilha?Resta-nos torcer para que Deborah Guerner, na iminência de cair, não queira se desabar sozinha e fale o que sabe.
Sem punição de gente bacana, mais gente bacana continuará nesse assalto sem fim aos cofres onde se guarda o suado dinheiro arrancado em forma de impostos de todos os honestos trabalhadores brasileiros.