A notícia divulgada ontem pela Nasa (a agência espacial norte-americana) de que um meteoro de 400 metros de diâmetro passará entre a Terra e a Lua em novembro é, no mínimo, estranha. Não por seu teor em si, mas pela demora da Nasa em avisar o mundo de tal ocorrência cósmica.
Órbitas e trajetórias são vetores calculados com extrema facilidade pelos astrônomos desde Galileu – ou um pouco depois dele. Portanto, os engenheiros espaciais já sabiam, desde 2005, quando o asteroide chamado de YU55 foi descoberto, que ele seria o corpo celeste a passar mais próximo do nosso planeta em milênios.A distância é, como dizem os estudiosos dos astros e estrelas, “um fio de cabelo cósmico”. São apenas 324 mil quilômetros, 60 mil menos que a distância que separa a Terra de seu satélite natural. Numa ciência medida por ordens de grandeza que chegam ao ano-luz, realmente pode-se dizer que o YU55 vai passar muito perto de nós.