segunda-feira, 17 de junho de 2013

Oficiais da PM acompanharão protesto contra tarifa de ônibus em SP

Oficiais da Polícia Militar de São Paulo acompanharão a manifestação contra a alta na tarifa de ônibus nesta segunda-feira em São Paulo, e a polícia terá uma ação "pontual" em eventuais casos de violência e vandalismo durante os protestos, disse o secretário de Segurança do Estado, Fernando Grella. Lideranças do Movimento Passe Livre (MPL), que tem organizado as manifestações, reuniram-se com o secretário e com integrantes do Ministério Público estadual, mas não revelaram antecipadamente o trajeto a ser percorrido. Segundo Grella, ficou acertado que o percurso que os manifestantes farão será informado à PM no momento de saída do protesto. "Ficou acertado que o trajeto faz parte da dinâmica do movimento, divulgar o trajeto no local da saída do movimento, no local da concentração", disse o secretário em entrevista coletiva, afirmando que o MPL disse ser parte da "estratégia" do movimento não informar previamente às autoridades. O protesto está marcado para o fim da tarde desta segunda, na zona oeste da capital paulista. Na quinta-feira, a quarta manifestação organizada pelo MPL contra a alta na tarifa de 3 reais para 3,20 reais voltou a complicar o trânsito da cidade e terminou em confronto com a PM com vários relatos de abusos cometidos por policiais. Cerca de 100 pessoas ficaram feridas, segundo o MPL, e a secretaria informou que mais de 230 pessoas foram detidas para averiguação, entre elas ao menos um jornalista que cobria o protesto. Mais de 10 policiais também ficaram feridos. Segundo a PM, o confronto aconteceu porque os manifestantes teriam descumprido um acordo de não entrar na Avenida Paulista, a principal via da cidade. Grella voltou a dizer nesta segunda que os eventuais abusos serão apurados, e os policiais envolvidos sofrerão punições.