quarta-feira, 25 de março de 2015

Sangue de São Januário se liquefaz nas mãos do Papa Francisco

No ano 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou a última e também a mais violenta perseguição contra a Igreja. O bispo Januário (Genaro) foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo de Roma. Sua execução era para ser, mesmo, um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, a exemplo do que aconteceu com o profeta Daniel, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou, então, que fossem todos degolados ali mesmo. Era o dia 19 de setembro de 305.
Alguns cristãos, piedosamente, recolheram em duas ampolas o sangue do bispo Januário e o guardaram desde o século IV como a preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica.
Todos os anos perto da festa a ele atribuída o sangue no relicário que está em estado de coagulação se torna líquido.
O milagre aconteceu em Nápoles (Itália), no último sábado, 21 de março.
O milagre se repete nas festas do santo, mas, diante de um papa, isso não acontecia desde 1848, com o Papa Pio IX.
As pessoas presentes gritavam: "Milagre! Milagre!". Parecia um gol: o povo de Nápoles ama o futebol e vive a religiosidade da mesma maneira, com paixão.
O Papa Francisco, como sempre, reagiu com humildade. Ao constatar o milagre, o cardeal Sepe exclamou: "Sinal de que São Januário gosta do Papa, que é napolitano como nós, porque metade do sangue se liquefez!".
Já o Papa, com seu jeito simples e bem humorado, respondeu: "O bispo disse que a metade do sangue se liquefez, acho que o santo gosta de nós pela metade, precisamos nos converter um pouco mais para que ele goste mais de nós!".