quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Comunidade da Nilo Peçanha revoltada com Gidon e Seinfra

Basta alguns minutos na linha de transporte coletivo Nilo Peçanha (7014), no bairro Floresta, para ver usuários insatisfeitos com a mudança do itinerário do ônibus.
Neste último mês, a empresa Gidion, que oferece o serviço, e a Secretaria de Infraestrutura de Joinville (Seinfra) modificaram a rota do veículo sem avisar a população que usufrui do transporte.

A imposição deixou moradores da rua homônima da linha infelizes por saberem da modificação apenas quando pegaram o ônibus. “Uso a linha de segunda a sábado e em momento algum vi material alusivo à mudança. No site da empresa ninguém iria adivinhar que haveria mudança no itinerário, então porque eu iria acessar o site? Não sou e nenhuma das centenas de usuários da linha é adivinho para ver no site que haveria mudanças”, reclama um morador que usa o serviço de segunda a sábado. Antes da mudança, a linha – sentido centro/bairro – passava em um ponto da via Nilo Peçanha. No entanto, agora o trajeto desvia no início da rua, virando na República do Perú e Avenida Antônio Ramos Alvim. O motivo da troca, segundo a Seinfra, foi para atender pacientes da Policlínica do Floresta e o Centro de Convivência dos Idosos, que foi inaugurado há pouco tempo.

José Hélio Silva, de 69 anos, só descobriu a modificação depois que pegou o ônibus. Ele, que mora com mais quatro pessoas em sua residência que usam todos os dias o transporte coletivo, diz que agora ficou mais difícil para ir até o abrigo de ônibus. “Complicou um pouco. Até por causa da chuva. Demora mais de dez minutos de casa para andar até o ponto”, diz.

O presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Floresta, que abrange aquela área, Fernando Silva, adianta que haverá uma reunião na comunidade para um abaixo-assinado. Ele diz que vai levar a reclamação para a Seinfra junto com uma proposta de trajeto que vai beneficiar tanto os pacientes da Policlínica e Centro dos Idosos como os moradores da rua Nilo Peçanha. De acordo com Silva, a associação também não foi ouvi pela empresa e secretaria. “Por baixo cerca de 120 famílias foram prejudicadas com isso. Gostaria de saber: somos ou não importantes para a administração municipal, pois estamos nos mobilizando através de e-mails e telefonemas para a Seinfra e a única resposta que o senhor Luiz (Cesar Keufner, responsável pela área) nos dá é que a alteração está apenas incomodando alguns descontentes”, diz uma moradora que preferiu não se identificar.