O Papa Bento XVI demonstrou neste domingo preocupação com os efeitos da "crise" e a situação "precária" das famílias, em particular dos jovens, durante sua primeira visita a San Marino, pequena república localizada na Itália.
Vinte e nove anos após a vinda de seu predecessor, João Paulo II, o papa fez um apelo a não "esquecer a crise atravessada por numerosas famílias" e "as dificuldades dos educadores na formação dos jovens", atingidos pela "precariedade em seu papel social e em sua possibilidade de encontrar trabalho".
Sob o sol que brilhava forte, o papa celebrou missa de mais de duas horas para 22.000 pessoas, que lotaram o estádio de Serravalle, cidade situada aos pés da fortaleza de San Marino, constatou a AFP. As pessoas agitavam bandeirosas e usavam camisas ou bonés com as cores do Vaticano (branco e ouro).
O papa advertiu a população de San Marino contra o "hedonismo e a avidez de poder", estimando que, na pequena república, como em outros locais, "os modelos hedonistas obscuressem o espírito e as pessoas envolvidas correm o risco de perder toda a moralidade".
Após a prece do ngelus, o papa demonstrou "alegria" com a beatificação, que deve acontecer no próximo domingo, na França, da irmã Marguerite Rutan. Esta religiosa da Lorrena, irmã da Ordem de São Vicente de Paulo, dirigia o hospital de Dax (sudoeste da França) na segunda metade do século 18 e foi guilhotinada por causa da fé católica, durante a Revolução, em 1794.