Como no primeiro longa, o roteiro é sem pé nem cabeça. Desta vez, os dois amigos partem em uma viagem até a cidade de El Paso, perto da fronteira americana com o México. Eles tentam encontrar a filha de Debi em uma conferência de tecnologia e ideias inovadoras. Sim, a zoeira mira até em palestras como as do TED. A uma hora e 40 minutos de sessão pode ser bem resumida em uma cena de cinco segundos. Jim Carrey pega um cachorro quente e come da forma mais esdrúxula. Ele meio que suga a salsicha e limpa a boca com o pão. Isso é Jim Carrey. Isso é irmãos Ferrelly. Isso é demais. Há cenas igualmente divertidas, mas as partes constrangedoras e toscas são menos longas e agoniantes do que as do primeiro filme. Nada é tão memorável e intenso quanto a cena em que Debi gruda a língua no gelo ou fica preso no banheiro após tomar laxante. Com boa vontade, é possível ir um pouco além do humor absurdo e notar que a trama mostra a força da amizade. Debi e Lóide não têm carro, não têm emprego. Muito menos mulher. Mas têm um ao outro. E se dedicam totalmente a essa relação. Chegam a abdicar da própria vida apenas por uma pegadinha, para fazer o outro dar risada. Todo mundo ri junto.
Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2014/11/g1-ja-viu-debi-e-loide-2-tem-mais-caretas-e-menos-nocao-do-que-o-1.html