No
próximo dia 7 de fevereiro, o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação
para as Causas dos Santos, presidirá em Osaka (Japão) a cerimônia de
beatificação do mártir Justo Takayama Ukon, conhecido como o “Samurai de
Cristo”, muito apreciado na Igreja Católica do país.
Em 22 de janeiro de 2016, Papa Francisco
aprovou o decreto que reconhece o martírio do samurai do século XVI, que
entrará na lista de católicos japoneses que preferiram morrer a renunciar a sua
fé.
O caso do próximo beato é especial, pois
entre os 42 santos e 393 beatos japoneses (todos mártires), ele foi um leigo e
nobre que chegou aos altares porque escolheu deixar tudo para entregar a sua vida a Cristo e faleceu devido à debilidade
física causada pelos maus tratos que sofreu durante a perseguição.
Takayama
nasceu em 1552, três anos depois que o missionário jesuíta São Francisco Xavier
introduziu o cristianismo no Japão. Um dos convertidos foi seu pai, que o
batizou quando tinha 12 anos com o nome de Justo.
Os Takayama eram membros da classe governante e
possuíam várias propriedades e tinham direito a formar exércitos e contratar
samurais.
Esta família se dedicou a ajudar nas
atividades missionárias no Japão e era protetora dos cristãos e dos
missionários jesuítas.
Em
1587, quando o samurai completou 35 anos, o Chanceler do Japão, Toyotomi
Hideyoshi, começou uma perseguição contra os cristãos: expulsou os missionários
e obrigou os católicos japoneses a abandonar a fé.
Enquanto muitos daimio optaram por renunciar o catolicismo,
Takayama e seu pai optaram por abandonar as suas terras e os seus títulos para
permanecer firmas na fé e viver pobres como Jesus Cristo. Muitas pessoas
tentaram convencê-lo a renunciar o seu catolicismo. Entretanto, ele recusou e
optou por viver como cristão até a morte.
Quando o imperador proibiu definitivamente o
cristianismo, Takayama foi exilado com um grupo de 300 católicos japoneses para
as Filipinas.
O
próximo Beato faleceu em Manila um ano depois, debilitado por causa de perseguição.