O episódio da noite desta segunda-feira (11/07) na partida entre Mogi-mirim e Joinville pela Série C do brasileirão, ilustra bem
a decadência do modelo de arbitragem atual. ‘Errar é humano e perdoar é divino’,
mas o brasileiro, embora tenha sido criado à imagem e semelhança do Criador,
esquece da sua divindade quando o assunto é futebol.
A partida entre Mogi Mirim e
Joinville só mostrou novamente em que nível se encontra a arbitragem
brasileira. E é bem ruim, se levado em conta o erro absurdo que garantiu o
empate em 1 a 1. O JEC vencia quando, aos 25 minutos do segundo tempo, o atleta
da casa se aproveitou de um lance muito irregular para garantir um ponto em
casa. Tatuí deu sequência à jogada mesmo com a bola quase 1 metro fora do
campo. Como o árbitro José Ricardo Vasconcellos Laranjeiras,
perto do ocorrido, não marcou a saída, o lance seguiu até definir o placar
final no Vail Chaves, em duelo válido pela 9ª rodada da Série C do Campeonato
Brasileiro. O gol de empate do Mogi foi tão irregular que todos os
jogadores, com exceção de Tatuí, pararam e deram as costas à jogada após ver a
saída pela linha de fundo. O goleiro Matheus, por exemplo, estava atrás de
outra bola para bater tiro de meta. Mas a atitude do atacante, que aproveitou
desatenção da arbitragem para criar o lance, fez com que a partida terminasse
igual.
O episódio chega a envergonhar toda a classe de arbitragem no país devido a grosseria da atitude do árbitro e de seu auxiliar.
A atitude do árbitro Thiago Duarte Peixoto em expulsar o
jogador Gabriel ao invés de Maycon foi de uma infantilidade que nos faz pensar:
Onde está toda a preparação que a federações fazem com aqueles que deveria sair
despercebidos de uma partida de futebol? Há várias incógnitas que precisam ser
respondidas: Porque Thiago não foi até o quarto árbitro, limitando-se apenas a
ouvir o assistente? A reação do elenco corinthiano não lhe mostrou pelo menos
que algo não estava normal na sua marcação? Ao contrário disso ele olhava em
volta assustado e repetindo para não esquecer ‘foi o Gabriel’. Mas o que mais
choca na sua entrevista após a partida, é que em vez de se mostrar humano e
preocupado com a verdade, ele enfatizou várias vezes que esperava que sua
carreira continuasse, um triste relato de quem pensa antes em si do que no
coletivo, pois seu erro correu o mundo.
Se por um
lado ele admitiu o erro, outro episódio recente no futebol brasileiro mostra
bem a falta de caráter de quem deveria dar o exemplo dentro de campo. Na
partida pelo brasileirão de 2013, durante jogada dentro da área do Flamengo, o auxiliar Rosnei Hoffmann Scherer levantar a
bandeira e depois baixou, fazendo com que a defesa rubro-negra ficasse perdida
no lance e o Bahia fez o seu gol. Um grande tumulto tomou conta do gramado com
o árbitro validando o gol, afinal a bandeira havia validado o gol. Mas o que
choca, e aqui é que na saída para o intervalo o assistente foi questionado pelo
repórter da Globo e negou ter levantado a bandeira, fato desmentido pelas
imagens da emissora.
Assim como
este, outro erro gritante e escandaloso que envolve caráter aconteceu nesta
partida. Em lance de ataque do time esmeraldino, o árbitro ELMO ALVES RESENDE CUNHA apitou e a defesa do Sport
parou no lance, mas o ataque do Palmeiras continuou e marcou o gol, sendo validado
pelo árbitro. Mesmo sendo o responsável pelo lance bisonho provocado por ele
mesmo o juiz validou o gol, gerando muita revolta nos atletas rubro-negros.
Falta de caráter em assumir o erro.
Este é o futebol brasileiro
atual, se não bastasse a violência dos homens de nendertal, pois quem briga por
futebol não tem cérebro, e agora mais os erros grotescos que nos levam a chegar
a uma conclusão: pai de família, não gaste seu dinheiro suado levando seu filho
ao estádio. Não estão nem aí para você ou para seu filho. Quem manda no futebol
pensa apenas nas cifras, sem se preocupar com o que é reto ou com a verdade.