sexta-feira, 1 de julho de 2016

STJ DETERMINA PRESCRIÇÃO DO CRIME DE ASSASSINATO E MÉDICO QUE MATOU VIGILANTE É SOLTO

Vocês não estão loucos. O STJ mandou soltar e determinou o fim do processo contra o médico Rolf Praetzel Schaurich que havia sido preso na quinta-feira, 23 de junho, por, segundo o STJ, prescrever o crime.
Na madrugada de 19 de junho de 1994, o médico que trabalhava no Hospital São José  saiu de casa sozinho no carro da noiva e o guardou no estacionamento do Hospital São José para de lá ir na boate Chamonix, em frente ao hospital.
Por volta das 6h30 da manhã, retornou ao veículo acompanhado por uma mulher. Já dentro do estacionamento do hospital, urinou na grama, fazendo com que o vigilante José Carlos Paes chamasse sua atenção. De acordo com testemunhas, Rolf anunciou que era médico e que o vigia era "absolutamente nada".
Chegando para seu turno, o vigilante Renato Coutinho do Prado, que tinha 29 anos, intercedeu junto ao colega, ocasionando uma discussão entre Renato e o médico. O vigilante foi até a guarita telefonar para a supervisora e pedir providências, já que Rolf era médico e funcionário do hospital. Enquanto isso, a moça que acompanhava o médico o convenceu a sair do local e foram a pé até um supermercado próximo. 
No entanto, mais tarde, o médico Rolf Praetzel Schaurich voltou ao estacionamento no carro da acompanhante e, em vez de retirar o próprio veículo do pátio que fica na frente da porta de entrada do hospital, ele e a moça começaram a trocar carícias. O vigilante foi chamar a atenção do casal e Rolf saiu do carro. Segundo testemunhas, quando Renato tentou colocar a mão no ombro do médico, este efetuou três disparos em direção ao solo, para mostrar que estava armado. Renato voltou à guarita e pediu auxílio à Polícia Militar, mas, em seguida, voltou ao carro de Rolf e pediu que ele fosse embora, já que as pessoas estavam começando a chegar ao hospital. Neste momento, o médico Rolf Praetzel Schaurich apontou a arma em direção a Renato e efetuou mais dois disparos. Um deles atingiu o tórax da vítima, que morreu em consequência dos ferimentos causados pelo tiro. O policial militar Valdir Ribeiro da Cruz, que estava na frente do Pronto Socorro do hospital no momento do crime, correu em direção ao denunciado e deu voz de prisão ao médico. Este, no entanto, conseguiu fugir do local, passou no apartamento que dividia com a noiva na rua Abdon Batista e fugiu para Santa Maria, onde viviam seus pais. Desta forma, conseguiu evitar a prisão em flagrante e ficou em liberdade durante duas décadas.
Mesmo depois de ser condenado em júri popular, Rolf continuava em liberdade, pois ainda cabia recurso.
Rolf foi preso na cidade de Guaporé, no Rio Grande do Sul, onde ainda atuava como ortopedista e traumatologia, mas está livre porque a mais alta corte de Justiça, o STJ, mandou soltar e determinou o fim do processo contra o médico Rolf Praetzel Schaurich. Enquanto isso, a esposa e as duas filhas (uma delas com 45 dias quando da  morte do pai), viveram até hoje sem qualquer auxílio por parte do assassino.
Esta é a Justiça brasileira, enquanto um médico que deveria salvar vidas mata de forma hedionda um trabalhador inocente, e como prêmio por ser um assassino ganha a liberdade ostentando seu dinheiro em fotos nas redes sociais, temos um Dias Tófolli tirando os bandidos que o Sérgio Moro pôs na cadeia.
É amigos, estamos bem. Pensamos que tínhamos tirado a corja do poder, mas vemos que sua ramificação diabólica está muito enraizada.
“O que me dá medo não é a audácia dos maus, mas o silêncio dos bons” (Martin Luther King).
Se eles acham que acabou, estão completamente enganados. Nossa bandeira não é vermelha, ela é verde, amarela, azul e branca e aqui tem muita gente honesta e trabalhadora.
Que Deus nos ajude.