"A canonização exige um outro milagre, e o processo relativo ao milagre precisa de tempo", explicou o religioso, em uma palestra organizada pela Universidade Santa Cruz, em vista da cerimónia de beatificação de João Paulo II.
"Não me pergunte quanto tempo, porque isso não sei", acrescentou Amato.
João Paulo II vai ser beatificado no próximo dia 1 de Maio, em uma cerimónia presidida pelo papa Bento XVI, no Vaticano.
A beatificação ocorre seis anos após sua morte, em 2 de Abril de 2005, e é a etapa anterior para a canonização.
Para iniciar o processo de beatificação, Bento XVI contrariou o Código de Direito Canónico, que prevê uma espera de pelo menos cinco anos depois da morte.
Em 13 de Maio de 2005, poucas semanas depois de ter sido eleito Papa, Joseph Ratzinger anunciou sua decisão de consentir com a abertura imediata da causa canónica de Karol Wojtyla.
O próprio João Paulo II já havia ignorado a norma pela primeira vez, permitindo o início imediato do processo para Madre Teresa de Calcutá, falecia em 1997 e beatificada em 2003.
Para se tornar beato, foi preciso que João Paulo II tivesse um milagre reconhecido. Trata-se do caso da freira francesa Marie Simon-Pierre, que foi curada "inexplicavelmente" do mal de Parkinson, após orar pedindo pela intercessão do Papa.
Após o dia 1 de Maio, será aberto um outro processo para a canonização. Para isso, é necessária a comprovação de um outro milagre, ocorrido após a beatificação.