segunda-feira, 6 de abril de 2015

147 estudantes cristãos são assassinados na sala de aula por simpatizantes do islã


Atiradores da milícia islâmica Al Shabaab deixaram ao menos 148 mortos e 79 feridos nesta quinta-feira (2) em uma universidade no nordeste do Quênia.
O ataque foi o pior a acontecer no país desde que a Al Qaeda matou um total de 224 pessoas ao explodir caminhões-bomba contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia em 7 de agosto de 1998.
O cerco de segurança à Universidade de Garissa, a 200 km da fronteira da Somália, terminou quase 15 horas após os militantes da facção somali terem invadido o campus "atirando indiscriminadamente", disse o chefe policial Joseph Boinet.
Momentos depois, os radicais poupavam os estudantes muçulmanos enquanto matavam ou faziam os cristãos de reféns.
Segundo o ministro do Interior queniano, Joseph Nkaissery, quatro atiradores com explosivos foram responsáveis pelo atentado. O mesmo número de militantes deixou 67 mortos durante o ataque ao Shopping Westgate, em Nairóbi, em 2013.
"A operação terminou de forma bem-sucedida. Quatro terroristas foram mortos", disse Nkaissery.
As autoridades ofereceram uma recompensa de US$ 215 mil (R$ 672,8 mil) por informações que levem à prisão de Mohamed Mohamud, descrito como o mais "procurado" por sua relação com o ataque.
Vinculada à Al Qaeda, a Al Shabaab tem um histórico de ataques no Quênia em retaliação à ação militar de tropas de Nairóbi na Somália. Incluída em março de 2008 na lista de organizações consideradas terroristas pelos EUA, a facção luta para instaurar um califado na região.
Imagem fornecida por um jornalista local mostrou dezenas de corpos ensanguentados espalhados por uma única sala de aula em Garissa. Mas alguns estudantes conseguiram escapar ilesos.
"Perto das 5 horas (23h de quarta em Brasília), acordamos com sons de disparos. As pessoas começaram a correr por suas vidas", disse um estudante não identificado.
O que nos deixa perplexos é que para a morte de seis jornalistas houve uma começão global, e a mídia divulgou o acontecido por dias, mas o corporativismo que há na imprensa mundial deixa esse fato apagado, como se não fossem pessoas iguais aos jornalistas.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/04/1611625-ataque-de-milicia-a-universidade-no-quenia-deixa-15-mortos.shtml