segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Presidente da CBF assume risco de morte de jogadores da Série A do brasileirão

Qual a função de um espetáculo de futebol? Não seria o entretenimento de todos? Não seria um campeonato organizado, um meio onde todos saíssem ganhando?
Os clubes, com possibilidades de títulos e com a arrecadação das bilheterias. As federações com as partes que lhe coubessem das bilheterias e explorações publicitárias.
Os atletas com os seus salários e com a valorização dos seus passes podendo atuar em clubes de maior expressão em seguida.
Mas para que isso pudesse acontecer de forma justa e correta, não seria necessária uma equivalência de atuações?
Vemos no país uma confederação que se enriquece a cada campeonato, se diz cuidar do futebol, mas que se exime de qualquer responsabilidade.
Na partida entre Goiás e Joinville no último domingo, as equipes foram a campo para jogar às 11 horas em pleno serrado sob forte sol e o forte calor de Goiânia. O termômetro do Estádio Serra Dourada marcava 44 graus durante a partida. 
O time do Goiás, atletas que residem na cidade e estão acostumados com o clima, entrou sozinho no campo, pois o Joinville não teve como jogar.
A equipe do norte de Santa Catarina vive numa cidade onde a umidade relativa do ar tem em média 80%. Durante a partida em Goiânia ela chegou a 8%. Qual ser humano pode praticar esporte nessa condição?
A mesma CBF que esbraveja quando sua seleção tem que jogar nos altos estádios nas cidades da Cordilheira dos Andes e não mede esforços para protelar jogos, tenta argumentar na tentativa de se trazer o jogo da ‘seleção canarinho’ para estádios onde possa haver maior ‘igualdade’ entre as equipes. Essa, é a mesma CBF que faz vistas grossas quando o mesmo caso acontece dentro dos limites de jurisdição.
Era óbvio que os atletas do Joinville não conseguiriam sequer correr. Não houve nem mesmo sensibilidade por parte da CBF e do trio de arbitragem em permitir uma parada técnica a mais para que os atletas pudessem se hidratar.
Até quando teremos à frente do futebol brasileiro pessoas que não dão a mínima para com a integridade física dos atletas? Vamos precisar que mais um Serginho morra no exercício do seu trabalho para que a cúpula da CBF enxergue que é preciso mudar.
Ah, Corinthians, Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Grêmio, Internacional, Santos, Atlético/MG e Cruzeiro não jogaram em Goiás em dia de sol escaldante às 11 horas. Bom, o que esperar de um presidente que foge de um compromisso oficial da entidade para não ser preso?